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sábado, 28 de março de 2015

TITANIC: O Pseudo Acidente!?

TITANIC
O PSEUDO ACIDENTE!?

INTRODUÇÃO
Não existe a possibilidade de separar o apogeu das Sociedades do Comércio feito pelo Mar. É indiscutível que à medida que Civilizações iam se formando ou crescendo e que Países precisavam se expandir, logo havia uma mudança e, por conseguinte, um crescimento da Marinha Mercante da Nação em evidência. Como já disse o Vice Almirante Hilton Berutti Augusto Moreira: “Inúmeros são os exemplos, arrebanhados pela História, ilustrativos da estreita interligação, sempre comprovada, entre a grandeza de uma Nação e o apogeu de seu Poder Marítimo”.

Creta é a maior e mais populosa ilha da Grécia. Situado no sul do mar Egeu, é a quinta maior ilha do Mediterrâneo e a segunda maior do Mediterrâneo Oriental. A ilha é uma parte significativa da economia e do patrimônio cultural da Grécia, ao mesmo tempo que conserva características culturais próprias, nomeadamente na música e poesia. Em relação à mitologia, foi lá que Zeus cresceu e que viveu Minotauro. Graças a sua posição geográfica privilegiada, tornou-se hábil na formação de marinheiros e guerreiros. Dominaram por volta de 300 anos, sob governo dos soberanos da dinastia Minos, a navegação nos mares Egeu e Jônico, desenvolvendo um verdadeiro Poder Marítimo (Talassocracia) sobre aquelas águas. A civilização minoana foi destruída com a erupção do vulcão Thera, da Ilha de Santorini, ocorrida entre 1627 – 1600 a.C.

Invasão Moura, em 711, o governador de Tanger, Tariq ibn Ziyad, atravessou o estreito entre a África e a Europa com um exército de nove ou dez mil berberes e desembarcou em uma baía próxima a uma montanha, que recebeu o nome de Jebel-al-Tariq (Montanha de Tariq). A dominação Moura foi até 1492. Durante o período da invasão da Península Ibérica (711-1492), transmitiram muitos conhecimentos aos europeus e em vários campos, como: Ciências, Tecnologia, Música e Alimentação.

Em 1453, Constantinopla caiu em poder dos turcos otomanos e, por este motivo, o comércio entre a Europa e a Ásia declinou subitamente. Nem por terra, nem por mar os mercadores cristãos conseguiam passagem para as rotas que levavam à Índia e a China, de onde provinham as especiarias, usadas para conservar alimentos, além de artigos de luxo, e para onde se destinavam suas mercadorias mais valiosas. Itália definitivamente bloqueou a passagem dos portugueses pelo Mar Mediterrâneo. Em relação à Itália, vale ressaltar o como esta nação chegou a este local. Isto se chama Desvio das Cruzadas. O objetivo da Igreja Católica nas Cruzadas era retomar a cidade santa: Jerusalém. Mas, durante as peregrinações, houve desvios, como o ato e fazer comércio.

Por este motivo, as nações européias iniciaram projetos para o estabelecimento de rotas comerciais alternativas. Portugal, aproveitando sua posição geográfica junto ao Oceano Atlântico e a África, partiu para tentar caminho pelo sul do continente. Além disto, este país em questão, desde 1415, em sucessivas expedições marítimas, vinha “descobrindo terras” ao longo da costa ocidental africana.

“A evolução de Portugal rumo á modernidade do século XVI só pode ser entendida se associada à expansão marítima. Comerciantes, pescadores e técnicos em navegação, pelo menos desde o século XIV, eram capazes de navegar em alto-mar. Os instrumentos de navegação, como a bússola e o sextante, e as melhorias na construção naval, ao permitirem o aumento da tonelagem dos navios, foram fatores que possibilitaram a expansão.”
(WEHLING, Arno; WEHLING, Maria José. Formação do Brasil Colonial. Editora Nova Fronteira, São Paulo, 3ª edição, p. 37)

Um Novo Mundo tinha que ser conhecido e conquistado para que os portugueses pudessem chegar às Índias. Mas havia o medo do desconhecido. Por este motivo, novos navios e bem mais modernizados foram construídos. As famosas Caravelas (Nau) das Grandes Navegações.

Não podemos falar em Navegação, Poder, Dinheiro e Marinha Mercante sem citar um dos exemplos mais famosos da História: o RMS Titanic. O inafundável, o único, o inigualável, o maior, o mais belo, o mais caro.


UM BREVE RESUMO DO SÉCULO XX

“O século XX (de 1901 a 2000) foi um período que se notabilizou pelos inúmeros avanços tecnológicos, conquistas da civilização e reviravoltas em relação ao poder. No entanto, esses anos podem ser descritos como a "época dos grandes massacres", já que nunca se matou tanto como nos conflitos ocorridos no período. Em muitos países da Europa e da Ásia, o século XX também foi largamente apelidado de "Século Sangrento".”

- Estados Unidos: potência industrial líder no mundo em termo de produção;
- O poder começa a sair da Europa devido à criação de novos estados independentes;
- Guerra Russa-Japonesa (1905) reforçando o militarismo japonês e o crescimento do status deste país por poder. Para a Rússia, a guerra significou a fraqueza militar e o retrocesso econômico;
- Guerra Hispano-Americano: EUA ganha colônias de Cuba e das Filipinas;
- Criações: motos a jato, filme, rádio, televisão, máquinas de lavar, ar condicionado, antibióticos, contraceptivo oral, transistor, internet, guitarra.
- Paris: capital artística do mundo;
- Os Beatles: banda britânica de Rock & Roll torna-se o maior sucesso de todos os tempos;
- Arte: Expressionismo, Cubismo, Faunismo, Abstracionismo e Surrealismo;
- Música: nasce Madonna no dia 16 de agosto de 1958 e 13 dias depois, nasce Michael Jackson (29/08/1958);
- Guerra Fria;
- Primeira Guerra Mundial – crescimento do fascismo e nazismo (28/07/1914 – 11/11/1918);
- 1917: Revolução Russa;
- 1924: morre Lênin;
- 1929: Grande Depressão;
- Segunda Guerra Mundial (01º/09/1939 – 02/09/1945);
- Criação de Israel (14/05/1948);
- Guerra da Coréia (1950 – 1953);
- Guerra do Vietnã (1957 – 1975);
- 1969: homem na Lua;
- Final do Colonialismo levando à independência de muitos países africanos e asiáticos;
- Queda do Muro de Berlim (09/11/1989);
- Holocausto.


RESUMO
O RMS Titanic foi um navio transatlântico da Classe Olympic operado pela White Star Line e construído nos estaleiros da Harland and Wolff em Belfast, na Irlanda do Norte. Na noite de 14 de abril de 1912, durante sua viagem inaugural, entre Southampton, na Inglaterra, e Nova York, nos Estados Unidos, chocou com um iceberg no Oceano Atlântico e afundou duas horas e quarenta minutos depois, na madrugada do dia 15 de abril. Até o seu lançamento em 1912, ele foi o maior navio de passageiros do mundo. Vale ressaltar que os vigias não possuíam binóculos, um item que poderia ter evitado o naufrágio. Apesar de o navio ter apenas três motores, ele possuía quatro chaminés, sendo uma delas com função ornamental.

Com 2223 pessoas a bordo, o naufrágio resultou na morte de 1517 pessoas, hierarquizando-o como a maior catástrofe marítima já registrada (em tempos de paz). O Titanic provinha de algumas das mais avançadas tecnologias disponíveis da época e foi popularmente referenciado como “inafundável”, na verdade, um folheto publicitário de 1910, da White Star Line, sobre o Titanic, alegava que ele foi “Praticamente inafundável”. Foi um grande choque para muitos o fato de que, apesar da tecnologia avançada e experiente tripulação, o Titanic não só tenha afundado como causado grande perda de vidas humanas. O frenesi dos meios de comunicação social sobre as vítimas famosas do Titanic, as lendas sobre o que aconteceu a bordo do navio, as mudanças resultantes no direito marítimo, bem como a descoberta do local do naufrágio em 1985 por uma equipe liderada pelo Dr. Robert Ballard fizeram a história do Titanic persistir famosa desde então. Apesar do relato de muitos passageiros até a descoberta do navio, acreditava-se que ele tivesse afundado inteiro e não se partido em dois.

“O naufrágio do navio causou enorme comoção na época e chocou a opinião pública. Nos anos seguintes, vários países adotaram leis para tornar as viagens marítimas mais seguras. Novos regulamentos para comunicação entre embarcações, quantidades mínimas de botes salva-vidas e outras medidas de segurança foram adotadas, algumas que persistem até os dias atuais. O legado mais importante neste quesito foi a assinatura, em 1914, da Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar no qual várias nações estabeleceram protocolos unificados de segurança e resposta a acidentes em alto-mar.”

O fascínio pela trágica história do famoso transatlântico ficou demonstrado quando da exibição do filme Titanic, em 1997, sendo visto por quase 400 milhões de pessoas. Com o sucesso do filme, o interesse pelo Titanic intensificou-se ainda mais, surgindo centenas de livros, estudos, debates e novas teorias a respeito da causa do naufrágio.

DESENVOLVIMENTO

A CONSTRUÇÃO
Local: estaleiros da Harland and Wolff, em Belfast, Irlanda do Norte.

Objetivos:
- Assim como seus “irmãos”, Olympic (ainda em construção) e Britannic (originalmente chamado de Gigantic), ser o maior e mais luxuisi navio a operar.
- Competir com os navios Lusitania e Mautetania da empresa rival Cunard Line.

Projetistas: Alexander Carliste (projetista chefe e gerente geral do estaleiro) Thomas Andrews (arquiteto naval, o gerente de construção e chefe do departamento de design da Harland and Wolff).

Financiamento da construção: americano J. P. Morgan e sua companhia International Mercantile Marine Co.

Início da construção: 31 de março de 1909
Lançamento ao mar do casco: 31 de maio de 1911
Término da equipagem: 31 de março de 1912
Comprimento: 269,04 metros
Largura: 28 metros
Tonelagem bruta: 46.328 toneladas
Altura: 18 metros (da linha d’água até o deue de botes)
Capacidade: 3.547 pessoas (passageiros + tripulação)

A TECNOLOGIA DO TITANIC


“O Titanic estava equipado com dois motores de quatro cilindros de expansão tripla, invertido com motores a vapor e uma turbina de baixa pressão Parsons de três hélices. Havia 29 caldeiras alimentadas por 159 fornos de carvão à combustão que tornaram possível a velocidade máxima de 24 nós (43 km/h). Apenas três das quatro chaminés de 19 metros de altura eram funcionais. A quarta chaminé servia apenas para ventilação que foi adicionada para dar ao navio uma aparência mais impressionante. Os rebites que seguravam as placas de metal de 3 cm de espessura no lugar pesavam 1,5 kg cada um. Os rebites da espinha do Titanic foram colocados por uma máquina de rebites, porém as curvas do casco eram complexas demais para as máquinas, exigindo trabalho manual. A estrutura de metal levantada para a construção permitia a construção do Titanic e do Olympic lado a lado. A estrutura possuía 283 metros de comprimento e 83 de largura. Durante o lançamento do casco do navio no mar foram despejadas 23 toneladas de sabão liquido e óleo para que ele pudesse deslizar.”

LUXUOSO E MODERNO

Vejamos agora todo o luxo deste magnífico navio:
- A seção da Primeira-classe tinha uma piscina, um ginásio, uma quadra de squash, banhos turcos, banhos elétricos e o Café Verandah.
- As salas comuns da Primeira-classe foram adornadas com painéis de madeira esculpidos, móveis caros e outras decorações.

“... o Café Parisien oferecia culinária aos passageiros da primeira-classe, com uma varanda iluminada pelo Sol”

- Havia bibliotecas e cabeleireiros tanto na primeira como na segunda classe.
- A sala geral da terceira-classe tinha painéis de pinheiro e móveis robustos.
- Três elevadores elétricos (dois na Primeira-classe e um na Segunda-classe).
- Tinha um subsistema elétrico alimentado por geradores a base de vapor, uma fiação elétrica que cobria todo o navio e dois rádios Marconi, incluindo um de 1500 W manejado por dois operadores que trabalhavam em turnos, permitindo contato constante e a transmissão de muitas mensagens dos passageiros.
- Possuía 15 anteparas à prova de água, que o dividiam em 16 compartimentos estanques e que isolavam o navio da parte inundada da parte não inundada.
- Botes: 20 botes salva-vidas de três tipos diferentes.
- Bombas: cinco bombas de lastro, usadas para equilibrar o navio, e três de esgoto. Dois canos principais de lastro, de 250 mm, corriam por toda a extensão do navio e válvulas controlando a distribuição de água eram operadas do convés das anteparas.

“A capacidade total de bombeamento de todas as oito bombas era de 425.000 galões por hora. Durante o desastre, os engenheiros reportaram que as bombas conseguiram retardar a inundação da sala da caldeira n° 6 nos primeiros dez minutos após a colisão. As bombas também mantiveram o ritmo da inundação da sala da caldeira n° 5. Isso não indica que o navio poderia manter sua flutuabilidade indefinitivamente, porém, enquanto as bombas tivessem vapor para as alimentar, o navio poderia retardar a inundação. O Titanic não poderia naufragar até essas seções estarem completamente inundadas, anulando o efeito das bombas. Isso não ocorreu até as 23:50 da noite do naufrágio.um dos principais fatores para o naufrágio do Titanic era que os rebites, utilizados 3 milhões ao total para montar a estrutura do navio,não aguentaram a pressão e estouraram o que fez com que a estrutura cedesse.”

VIAGEM INAUGURAL

- Início da viagem inaugural: de Southampton, na Inglaterra, com destino à cidade de Nova York, nos Estados Unidos, na quarta-feira, 10 de Abril de 1912, com o Capitão Edward J. Smith no comando.

“Assim que o Titanic deixou o cais, sua esteira provocou a aproximação do SSNew York, que estava ancorado nas proximidades, rompendo as suas amarras e quase se chocando com o navio, antes que rebocadores levassem o New York para longe. O incidente atrasou a partida em meia hora.”

- Atravessa o Canal da Mancha e para em Cherbourg, França, para receber mais passageiros. No dia seguinte, para novamente em Queenstown (hoje conhecida como Cobh), na Irlanda.

“Já que as instalações do porto em Queenstown eram inadequadas para um navio de seu tamanho, o Titanic teve de ancorar ao largo (fora do porto), com pequenos botes levando os passageiros e bagagens até ele. Quando finalmente partiu para Nova Iorque, havia 2.240 pessoas a bordo.”

OS IMPORTANTES PASSAGEIROS

"Na viagem inaugural do Titanic, algumas das mais importantes pessoas da época estavam viajando na primeira classe. Entre elas estavam o milionário John Jacob Astor IV e sua esposa Madeleine Force Astor, o industrialista Benjamin Guggenheim, o dono da Macy’s Isidor Strauss e sua esposa Ida, a milionária Margaret “Molly” Brown (conhecida mais tarde como “Inafundável Molly Brown” devido a seus esforços para ajudar outros passageiros durante o naufrágio), Sir Cosmo Duff-Gordon e sua esposa Lucy, Lady Duff-Gordon, George Dunton Widener com sua esposa Eleanor e seu filho Harry, o jogador de criquete e empresário John Borland Thayer com sua esposa Marian e seu filho de 17 anos Jack, o jornalista William Thomas Stead, a Condessa Noël Leslie, o assessor presidencial Archibald Butt, a escritora Helen Churchill Candee, o também escritor Jacques Futrelle e sua esposa May, os produtores Henry e Rene Harris, a atriz Dorothy Gibson e outros. O banqueiro J. P. Morgan estava agendado para viajar na viagem inaugural, mas cancelou no último minuto. Viajando na primeira classe a bordo do navio estavam o diretor da White Star Line, J. Bruce Ismay e o construtor do navio, Thomas Andrews, que estava a bordo para observar qualquer problema e avaliar a performance geral do navio.”

NAUFRÁGIO

“Ao anoitecer de domingo, 14 de abril, a temperatura caíra para quase congelamento e o oceano estava calmo. A Lua não era visível (estando dois dias antes da Lua Nova), e o céu estava limpo. O Capitão Smith, em resposta aos avisos de icebergs recebidos pelo rádio nos dias anteriores, traçou um novo curso que levava o navio um pouco mais a sul. Às 13h45 daquele dia, uma mensagem do Amerika avisou que grandes icebergs estavam no caminho do Titanic, porém Jack Phillips e Harold Bride, os operadores do dispositivo Marconi de rádio, eram empregados da Marconi e pagos para retransmitir mensagens de e para os passageiros, e não estavam focados em retransmitir para a ponte mensagens “não essenciais” sobre gelo. Mais tarde naquela noite, outro aviso de um grande número de icebergs, desta vez do Mesaba, também não chegou à ponte. Às 23h40, enquanto navegavam a 500 km dos Grandes Bancos da Terra Nova, os vigias do mastro, Frederick Fleet e Reginald Lee, avistaram um iceberg bem em frente ao navio. Fleet imediatamente tocou o sino de alerta do mastro três vezes e ergueu o comunicador para falar com a Ponte. Preciosos segundos se perderam até que o comunicador foi atendido pelo Sexto Oficial Paul Moody, para quem Fleet gritou “Iceberg bem em frente”. O Primeiro Oficial William Murdoch deu ao timoneiro Robert Hitchens a ordem de “tudo a bombordo” (esquerda), e ajustou as máquinas para ré ou para parar (não se tem certeza, os testemunhos dos sobreviventes são conflituosos). A proa do navio começou a deslocar-se do obstáculo e, 37 segundos após o avistamento do iceberg, houve o choque. O iceberg “arranhou” o lado estibordo (direito) do navio, deformando e cortando o casco, e soltando os rebites abaixo da linha d’água por uma extensão de 90 m. Enquanto a água entrava nos compartimentos dianteiros, Murdoch acionou o fechamento das portas à prova d’água. O navio conseguiria ficar flutuando com quatro compartimentos inundados, mas os cinco primeiros compartimentos foram rasgados e estavam fazendo água. Os compartimentos inundados faziam a proa do navio ficar mais pesada, causando a entrada de mais água. Vinte minutos após a colisão, a proa já começava a inclinar. Além disso, por volta de 130 minutos (2 horas e 10 minutos) após a colisão, a água começou a passar do sexto para o sétimo compartimento sobre a antepara que as dividia. O Capitão Smith, alertado pelo solavanco do impacto, chegou à ponte e ordenou parada total. Pouco depois da meia-noite de 15 de abril, após uma inspeção feita por oficiais do navio e por Thomas Andrews, foi ordenado que os botes fossem preparados para lançamento e que sinais de socorro começassem a ser enviados. Os operadores de rádio Harold Bride e Jack Phillips estavam ocupados enviando sinais de socorro CQD, e mais tarde SOS. Vários navios responderam ao chamado, incluindo o navio irmão do Titanic, o Olympic, porém nenhum estava perto o bastante para chegar a tempo. O navio mais perto a responder o chamado foi o Carpathia, a 93 km de distância, que poderia chegar em quatro horas — tarde demais para resgatar todos os passageiros do Titanic. O único local em terra que recebeu o pedido de socorro doTitanic foi a estação de Cabo Race, em Terra Nova. Da ponte, as luzes de um outro navio podiam ser vistas no lado bombordo. A identidade desse navio permanece um mistério até hoje, porém há teorias sugerindo que o navio em questão era o SS Californian. Já que o navio não estava respondendo aos chamados do rádio, o Quarto Oficial Joseph Boxhall e o Contramestre Rowe tentaram sinalizar com um lâmpada Morse e mais tarde com fogos de artifício, porém o navio nunca respondeu. O Californian, que estava por perto e havia parado pela noite por causa do gelo, também viu luzes à distância. O rádio do Californian havia sido desligado e o operador havia ido dormir. Pouco antes de ir dormir às 23h00, o operador do rádio do Californian tentou avisar o Titanic de que havia gelo à frente, porém ele foi interrompido por um exausto Phillips, que respondeu dizendo: “Cale a boca, cale a boca, estou ocupado; estou trabalhando Cabo Race”, referindo-se a estação de rádio na Terra Nova. Quando os oficiais do Californian avistaram o navio, eles tentaram sinalizar com uma lâmpada Morse, porém pareceu que não foram respondidos. Mais tarde, eles notaram os sinais de socorro do Titanic sobre as luzes e informaram o Capitão Stanley Lord. Apesar de ter havido muita discussão sobre o navio misterioso, que para os oficiais em serviço parecia estar se movendo para longe, ninguém do Californian acordou o operador de rádio até de manhã. Dentre um dos mortos estava John Jacob Astor IV, o homem mais rico do navio, que morreu esmagado por um tonel de fumaça. Dos botes, os passageiros assistem às sombras do navio afundado para sempre no meio de milhares de gritos de pavor e pânico. Mais de 1 500 pessoas estavam agora lançadas à água congelante. Após a popa desaparecer, alguns segundos de silêncio são seguidos por uma fina névoa branca acinzentada sobre o local do naufrágio. Esta névoa foi provocada pela fuligem do carvão e pelo vapor que ainda havia no interior do navio. O silêncio que parecia imenso deu lugar a uma infinita gritaria por pedidos de socorro. Os que não morreram durante o naufrágio agora lutavam para se manter vivos nas águas, tentando agarrar qualquer coisa que boiasse, como portas ou tábuas. Aos passageiros dos botes não restava nada a fazer a não ser esperar passivamente por socorro. Mas um bote não se limitou esperar. O bote número 14 comandado pelo Quinto Oficial Harold Lowe aproximou-se de outro, transferiu os seus passageiros e retornou ao local do naufrágio para recolher alguns possíveis sobreviventes. Praticamente todos já haviam morrido de hipotermia. Apenas 6 pessoas foram resgatadas ainda com vida. Às 4h10, de 15 de Abril de 1912, o navio Carpathia resgata o primeiro bote salva-vidas. No local, apenas duas dezenas de botes flutuando dispersos entre os destroços. Assim que os primeiros raios de Sol surgiram no horizonte, outros navios começaram a chegar na área do naufrágio. Entre eles, o Californian. Mas nada mais havia a fazer a não ser resgatar os corpos que boiavam. A recolha do último salva-vidas, o desmontável B, que estava virado de proa para baixo, aconteceu às 8h30. O Carpathia rumou a Nova Iorque com os sobreviventes pelas 8h50. Das 2 223 pessoas a bordo, apenas 706 foram resgatadas. Mais de 1500 (1517) morreram (quatro portugueses, três originários da ilha da Madeira e um radicado em Londres). Os tripulantes sobreviventes receberam cuidados no American Seamen’s Friend Society Sailors’ Home and Institute (Lar e Instituto da Sociedade Americana dos Amigos dos Marinheiros), sede da Sociedade Americana dos Amigos dos Marinheiros.”


SOBREVIVENTES E VÍTIMAS

“Apenas 333 corpos das vítimas do Titanic foram recuperados, um em cada cinco das mais de 1500 vítimas. Alguns corpos afundaram com o navio enquanto outros foram levados pelas correntes do mar. Depois disso, o nome Titanic, ficou como símbolo de uma das maiores tragédias marítimas da História. O Capitão Smith e o engenheiro-chefe Thomas Andrews permaneceram no navio. No entanto, Bruce Ismay, Presidente da White Star Line, embarcou num dos últimos botes que deixou o navio. A sociedade da época nunca o perdoaria por ter tomado esta atitude.”

- Sobreviventes: 706
- Mortos: 1517
- Corpos recuperados: 333
- Pessoas resgatadas com vida: 6


A PREMONIÇÃO DO NAUFRÁGIO?

No livro de 1898, Futilidade, ou O Naufrágio de Titan (Futility, ou the Wreck of the Titan) de Morgan Robertson, que fora escrito 14 anos antes da viagem fatal do RMS Titanic, foi constatado que a história apresenta muitos paralelismos com a catástrofe do Titanic; No livro de Robertson, na sua viagem inaugural um transatlântico chamado Titan, choca-se com um iceberg em uma calma noite de Abril, enquanto seguia para Nova York. Milhares de pessoas morrem por não haver botes salva-vidas suficientes. Tanto a própria história do Titan e na forma de seu desaparecimento, suportaram muitas semelhanças surpreendentes com o eventual destino do Titanic.

FILMES
Saved from the Titanic (1912)
In Nacht und Eis (1912)
Atlantic (1929)
Titanic (1943)
Titanic (1953)
A Night to Remember (1958)
S.O.S. Titanic (1979)
Raise the Titanic! (1980)
Titanic, mini-série de televisão (1996)
Titanic (1997)






O CENTENÁRIO

Em 15 de abril de 2012, o naufrágio do RMS Titanic completou 100 anos! O filme baseado em sua história, Titanic (1997) foi readaptado em 3D e re-lançado nos cinemas.

SOBRE OS DESTROÇOS

Os destroços do Titanic são agora protegidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). O anúncio foi feito em abril de 2012, no centenário do naufrágio. Há equipamentos para  retirada do navio do fundo do mar, mas não é bem visto.

“Um século depois do naufrágio, os destroços agora estão protegidos pela Convenção da Unesco para a proteção do patrimônio cultural subaquático”, comunicou a Unesco.

Os restos do Titanic estão a cerca de 4.000 metros de profundidade, nas proximidades do litoral de Terra Nova. “Até agora, o Titanic não podia ser beneficiado pela Convenção da Unesco, adotada em 2001, já que ela só pode ser aplicada aos vestígios submersos há pelo menos um século”, explicou por nota da organização. “A partir de agora, os estados que assinam a Convenção poderão proibir a destruição, a pilhagem, a venda e a dispersão de objetos encontrados no Titanic”. Por causa do interesse no episódio, os objetos são disputados no mundo todo.



CONCLUSÃO
“Três pontos são objeto de uma análise completa: o navio em si, a rota e as instruções de navegação, a evacuação e os botes de salvamento.” [Philippe Masson]

- aumento desnecessário da velocidade do navio com a finalidade de mostrar ao Mundo que, além de mais moderno, era o mais rápido;

- mensagens de icebergs não levadas ao comandante;

- desorganização no sentido de equipamentos para a tripulação, como no caso dos binóculos para os vigias;

Observação: se eles tivessem visto o iceberg 30 segundos antes, o navio poderia não ter afundado.

- desorganização no sentido de equipamentos para os passageiros, como botes e coletes insuficientes;

- botes foram baixados ao mar sem a quantidade máxima;

- o navio tinha um leme pequeno, visto seu tamanho. Se fosse maior, o navio teria conseguido desviar do iceberg;

- Thomas Andrews sugeriu que tivesse 46 botes salva-vidas ao invés de apenas 20. Além disto, sugeriu colocar casco e anteparas duplas para reforçar a frente (proa) do navio. Tudo isto foi recusado;

Observação: os navios têm sua proa feita com maior resistência para, no caso de alguma colisão, “não rachar”. Não era preciso dar ré e nem desviar. Diminuindo a velocidade e deixando o Titanic bater de frente, não teria ocorrido esta tragédia.

- Alexander Carlisle encomendou uma quantidade de botes suficientes para abrigar todos os passageiros, mas fora confrontado por Lorde Pirrie (presidente dos estaleiros).


BIBLIOGRAFIA
Livro 'Titanic: a história completa"
Autor: Philippe Masson
Editora Contexto
Ano: 2011

http://www.naufragios.org
http://www.titanicsite.kit.net
http://www.cacella.tachyonweb.net
http://www.titanicuniverse.com
http://www.veja.abril.com.br

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Autor do Artigo: Raphael Paiva
(Acadêmico em História | Criador do Blog | Professor de Inglês | Responsável pela correção Ortográfica)

Contato: raphaelpaiva89@hotmail.com
Instagram: raphaelppaiva
Grupo no Facebook sobre História da Música Evangélica Brasileira: AQUI!

OUTROS ARTIGOS DO AUTOR:
Artigo 02:
História da Música Evangélica Brasileira: Causas e Contexto de sua origem!

Artigo 03:
Trabalho sobre 'Movimento Negro Brasileiro'! [Resenha]

4 comentários:

  1. Caramba!! Parabéns as imagens estão em uma qualidade ótima!, venho pesquisando sobre o titanic,e esse artigo foi muito útil! <3

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    1. Boa noite!
      Aqui é Raphael Paiva, escritor do Artigo!

      MUITO OBRIGADO pelo comentário!!!
      Que bom que pode te ajudar!!!

      Grande abraço!!!

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  2. gente não existia revista veja em 1912 por favor, a revista foi criada em 1968

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    1. Olá! Aqui é Raphael Paiva, escritor deste Artigo.

      Sim! Não existia Revista Veja na época. Esta foto é uma montagem de como seria a Revista se na época existisse.

      Mas, desde já agradeço a observação!
      Vou colocar uma legenda na foto!

      Abraço!

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